Desde meados da década de 1980 o termo globalização ficou mais utilizado e seu significado percebido. As barreiras entre nações foram ultrapassadas, os muros literalmente caíram, os povos com os avanços tecnológicos se aproximaram, e, da mesma forma, por consequências, suas respectivas culturas.
Os contatos antes realizados através de cartas e ligações telefônicas caríssimas, começaram a ser feitos por e-mails e vídeo chamadas. As saudades diminuíram graças às redes sociais que mantêm seus usuários diariamente atualizados das rotinas dos demais.
Mas nada conseguiu substituir o abraço, o cheiro, e o gosto. Se dos nossos 5 sentidos, a visão e a audição podem ser replicadas, os outros não. Creio que Tato, Olfato e Paladar jamais serão substituídos.
Eis que em 2020 surge o Novo Coronavírus, que é um reflexo da Globalização. Alastrando-se por todos os Continentes, atingiu pobres, ricos, brancos, negros, amarelos, homens, mulheres, idosos, crianças. As viagens aéreas que encurtaram distâncias foram as mesmas que levaram os passageiros dos passageiros. O intruso Covid 19 pegou carona, e resolveu conhecer o mundo.
Autoridades do mundo todo recomendam que os apertos de mãos, abraços, beijos nos rostos sejam extintos. As atuais formas de se cumprimentar são frias, mais geladas que o álcool em gel que usamos a todo instante, nas tentativas de se evitar contágio. Tudo mudou e estamos ansiosos para acordar deste pesadelo, e dar um abraço apertado em quem gostamos, porque nem só do calor do Sol vivemos. Necessitamos agora, mais do que nunca, aguçar nosso 6º. Sentido.
Covid 19 e os reflexos da Globalização
por Georges Salim Assaad Junior
Advogado em São José dos Campos/SP