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Aprendizes do Instituto Alpha Lumen desenvolvem projeto que problematizam notícias falsas

Aprendizes do Instituto Alpha Lumen desenvolvem projeto que problematizam notícias falsas

Factoides e embustes (lê-se Hoax, em Inglês) são cada vez mais frequentes na internet. O que antes era filtrado e checado por um departamento editorial de um jornal impresso, hoje a informação simplesmente é perigosamente distorcida na tentativa de ganhar audiência para aproveitar uma determinada agenda noticiosa.

Em um contexto de pandemia, como é o caso do COVID-19, é comum a disseminação de conteúdo classificado como fake news. Por essa razão, surge o VERUS.

Com o objetivo de trazer meios de retenção através da verificação de fake news e melhorar a qualidade da informação compartilhada através das redes sociais, o projeto oferece bolsas de iniciação cientifica jovem com duração de um ano.

OPORTUNIDADES REAIS PARA INFORMAÇÕES VERDADEIRAS

Juliana Alves Pires Biscuola, docente na área de Ciências Biológicas e especialista em ensino de Ciências é professora do Instituto Alpha Lumen, responsável por 9 das 10 bolsas de estudo, sendo uma delas pelo CNPQ, explica que o fluxo de trabalho é horizontal e todos estão igualmente envolvidos no projeto, com ênfase em habilidades e gostos pessoais.

“Como temos mobilidade e nosso principal compromisso é com a informação, nos comprometemos a desmentir fakes e informar semanalmente. Se um grupo fica sobrecarregado, os outros o socorrem.”

O projeto VERUS já selecionou 10 aprendizes inscritos pelo IAL e pela UNIFESP, que foram aprovados com base em seus currículos lattes e desempenho escolar.

Divididos por equipes de pesquisa, roteiro, design e administração de redes, os bolsistas se baseiam nas observações de como funcionam os meios de comunicação e não em teorias propriamente ditas.

O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO COMEÇA COM AÇÕES IMEDIATAS

Apesar de já existirem diversos projetos que trabalham em cima do mesmo tema quanto a checagem de notícias, ainda assim as fake news continuam causando impacto negativo. De acordo com a Dra. Maria Elizete Kunkel, docente em Engenharia Biomética pelo UNIFESP, de São José dos Campos e coordenadora do projeto, “o diferencial é ser um grupo de jovens estudantes, ainda no Ensino Fundamental, que pretendem partir da conscientização dentro da comunidade escolar e multiplicada por toda a sociedade. Além de ser uma ótima oportunidade para aliar a teoria à prática na questão da investigação jornalística e científica”.

O VERUS chega em um momento de sensibilidade em que através da percepção do quanto as fake news influenciam no comportamento da sociedade, a falta de informação de qualidade e comprovação científica pode levar as pessoas a tomar atitudes que prejudiquem a saúde.

Especialista em Jornalismo Científico, a Dra. Elizete que também coordena o Programa Social da Unifesp Mao3D de Protetização e Reabilitação de Amputado e o Projeto Higia de combate ao COVID-19, reforça a necessidade de multiplicar a cultura da verificação de informações antes de serem compartilhadas.

Em sintonia com os aprendizes que estão sempre estudando estratégias de engajamento e ganhando credibilidade através de informações claras e verdadeiras, as duas cientistas entendem que é preciso manter a proximidade com o público trazendo novos participantes e referências acadêmicas para as redes sociais que contribuam com informação e verificação acessível para todos.

Mais informações do projeto no Instagram em @projetoverus


FONTE: JORNALISMO COLABORATIVO